Pela câmara do nosso mestrado João André Oliveira, dois casos que devem resultar da mesma mão.
Em ambos os grafittis, o nosso destaque vai para um elemento que se repete: o «A» encontra-se transformado em triângulo, com um olho colocado de forma nada ao acaso.
Esse triângulo, qual figura com o seu misto de queirosiana e de nobilarca, est´a fumar um bom charuto, ostentando um farfalhudo bigode.
Num dos casos, o olho simbólico chora...
Estas imagens foram tiradas agora em Novembro, entre a estação da CP da Amadora e de Benfica.
Reportório de material recolhido na rua, expressões efémeras, da responsabilidade da Linha de Investigação em «Esoterismo Ocidental» da área de Ciência das Religiões da Un. Lusófona. Solicitamos a colaboração de todos na organização deste Reportório, enviando-nos as imagens que recolham na rua. Usem o endereço: creligioes@ulusofona.pt
domingo, 15 de dezembro de 2013
Lisboa - variado
Recolhidos em Novembro deste ano de 2013:
Na Rua da Rosa, Bairro Alto, à saída do cafezinho mais próximo da porta do Grémio Lusitano
No túnel do Campo Grande, o que liga o jardim à Av. da Igreja
(uma clara reintepretação do primeiro grafitti, agora com um «olho» colocado dentro do triângulo)
pormenor...
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
"Irmãos de sangue"
Muitas vezes somos levados a pensar que o uso de certa simbologias não obedece a grandes regras nem, sequer, ao conhecimento do significado antigo desses símbolos.
Contudo, outras vezes, mesmo sem percebermos exactamente o que iria na vontade de quem fez o desenho, compreendemos o "especial" do momento e da narrativa em causa.
É o caso deste desenho muito simples recolhido num muro do Paço da Rainha, actaul Academia Militar.
Contudo, outras vezes, mesmo sem percebermos exactamente o que iria na vontade de quem fez o desenho, compreendemos o "especial" do momento e da narrativa em causa.
É o caso deste desenho muito simples recolhido num muro do Paço da Rainha, actaul Academia Militar.
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Lisboa,
Paço da Raínha,
Triângulo
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Cascais (Dalaiama Street Art)
No Verão passado, na Rua Direita, em Cascais, apareceu um interessante mural da autoria de um dos grupos mais profíquos e simbolicamente mais ricos do nosso panorama, os Dalaiama Street Art.
Pela objectiva do nosso amigo António Costa, aqui ficam algumas imagens que nos mostram a riqueza e a elaboração deste painel.
Para ver melhor a obra de Dalaiama, veja aqui.
Pela objectiva do nosso amigo António Costa, aqui ficam algumas imagens que nos mostram a riqueza e a elaboração deste painel.
Para ver melhor a obra de Dalaiama, veja aqui.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
O oriental OM
Enviado pela Catarina Vaz, aqui ficam duas imagens muito difertentes, em termos técnicos, do famoso som primordial oriental.
O primeiro foi recolhido em Lisboa, nas Amoreiras, o outro na Assenta, na Ariceira.
O primeiro foi recolhido em Lisboa, nas Amoreiras, o outro na Assenta, na Ariceira.
Amoreiras, Lisboa
Assenta, Ericeira
domingo, 17 de novembro de 2013
MOAZ (Algés) - 4
Já na fase assumidamente anti-cristã deste grupo, surgiram novas formas, muito em seguimento, ou mesmo em resposta, ao que fizeram junto à porta da Assembleia de Deus (Ver MOAZ - 3).
De forma um pouco a medo.... em letra pequena, num sinal de transito próximo:
De forma um pouco a medo.... em letra pequena, num sinal de transito próximo:
domingo, 10 de novembro de 2013
Chiado, Lisboa
Em frente ao célebre edifício no Largo Bordalo Pinheiro, com larga e clara simbologia maçónica, alguém aproveitou um elemento de mobiliário urbano...
Na mesma zona, desenhado no chão...
A narrativa já é bastante complexa, denotando alguns conhecimentos. Interessante como se juntam elementos das culturas juvenis, dos "desenhos animados" de gosto orientalizante.
Na mesma zona, desenhado no chão...
A narrativa já é bastante complexa, denotando alguns conhecimentos. Interessante como se juntam elementos das culturas juvenis, dos "desenhos animados" de gosto orientalizante.
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Olho,
Pirâmide,
Triângulo
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Elementos soltos - Lisboa
Como reportório, aqui ficam algumas imagens recolhidas em Lisboa.
Usando como triângulo parte de um banco de pedra, junto ao Mosteiro dos Jerónimos
Rua Maria Amália Vaz de Carvalho
Rua do Ferragial
Junto à Casa do Alentejo
Algés, junto à estação rodoviária
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Cruz invertida,
Lisboa,
Olho,
Triângulo
MOAZ (Algés) - 3
Por fim, nas últimas semanas, correspondendo a um acentuar do
aparecimento destes graffitis numa
zona muito bem delimitada, surge um discurso complementar em que são usados
alguns símbolos que despoletam a apresentação deste projeto de investigação:
- à sigla MOAZ
juntam-se outras expressões, nomeadamente «BACO»;
- são novamente
usados elementos de simbologia normalmente associada à Maçonaria;
- surge simbologia
anti-cristã, colocada propositadamente junto a uma Igreja.
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Cruz invertida,
Graffiti,
MOAZ
MOAZ (Algés) - 2
Actualmente, pode-se afirmar que é cada vez mais corrente o uso de simbologia religiosa nesta arte de
rua. São muitos os exemplos de símbolos maçónicos e judaicos (em especial
estes) neste tipo de arte efémera.
Contudo, neste caso, parece que durante cerca de uma década, essa
simbologia caiu em desuso até há bem pouco tempo, talvez fruto de uma mudança
geracional no grupo.
Mais recentemente, num fenómeno com uma estética que usa outras
linguagens, damos por um regresso massivo do uso desta sigla, mas com
características realmente completamente novas:
- graffitis monocromáticos (a negro,
sempre);
- o lettering usado é sempre de pequenas
dimensões;
- apesar de neste
tempo a “caligrafia” estar claramente em mudança, o uso da sigla não
corresponde a uma simples assinatura, mas torna-se no centro simbólico da
própria narrativa, valendo por si só.
MOAZ (Algés) - 1
Foi por volta de 1991 que na Dinamarca nasceu o movimento informal «Monsters Of Art» (MOA, MOAS, MOAZ).
Não se sabe quando chegou a Portugal este movimento, que assina as paredes
com esta sigla, mas em Algés alguns dos grafitis mais antigos datam da passagem
do século passado para este.
Nessa altura, eram usadas cores fortes, com alguma simbologia de gosto
maçónico onde, obviamente, não se consegue perceber qual o significado do uso
destes elementos, ou se apenas se trata de uma aplicação estética desprovida de
significado.
Entendemos que, com toda a naturalidade, mesmo que o uso desta
simbologia fuja ao seu uso mais “canónico”, ela corresponderá, sem dúvida –
cremos – a padrões de integração e de iniciação no próprio movimento.
No início deste século, um grupo, claramente com uma identidade
definida, pintou a delimitação de um território com grandes graffitis
coloridos. Estas pinturas, em parte ainda hoje visíveis, usam alguma simbologia
maçónica na construção de algumas das quatro letras da sigla MOAZ.
MOAZ
(“A” com “rosto” e com uma cruz invertida)
MOAZ
(“A” geometrizado em triangulo invertido, com o olho
maçónico)
MAOZ
(inversão do “A” pelo “O”, sendo o “A” novamente invertido,
estando também o olho maçónico sobreposto)
A geometrização das letras vai sendo trabalhada de alterada,
conforme, não apenas a estética do lettering,
mas a simbólica que surge de cada vez numa das letras: cruz invertida / triângulo
maçónico invertido, com olho “nostálgico”.
Local:
Algés, Portugal
Elementos soltos - Porto
O olhar mais atento consegue encontrar, nas nossas ruas, algumas recreações de simbologias essencialmente de cariz e imagética maçónica.
Será sempre muito difícil (para não dizer impossível) perceber até que ponto o uso destas formas é, de facto, um uso simbólico ou se é apenas um fenómeno de imitação, de moda, de uso de formas que sabem ter algum significado, mas não sabem qual...
Mas só esta última justificação já torna o uso aparentemente sem sentido em símbolo. Ou não fosse um símbolo isso mesmo: o uso, muitas vezes, de formas e figuras sem se saber exactamente a sua origem, léxico e semântica... o uso é o rito de vivenciação, não cognoscível, mas, de facto, emocional.
Aqui ficam algumas imagens soltas, em jeito de reportório ou elenco, tiradas em Maio de 2012 no Porto, na Rua Dr. Ricardo Jorge.
Será sempre muito difícil (para não dizer impossível) perceber até que ponto o uso destas formas é, de facto, um uso simbólico ou se é apenas um fenómeno de imitação, de moda, de uso de formas que sabem ter algum significado, mas não sabem qual...
Mas só esta última justificação já torna o uso aparentemente sem sentido em símbolo. Ou não fosse um símbolo isso mesmo: o uso, muitas vezes, de formas e figuras sem se saber exactamente a sua origem, léxico e semântica... o uso é o rito de vivenciação, não cognoscível, mas, de facto, emocional.
Aqui ficam algumas imagens soltas, em jeito de reportório ou elenco, tiradas em Maio de 2012 no Porto, na Rua Dr. Ricardo Jorge.
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